Oiiii gente!!!
Trago para vocês mais uma entrevista com uma das minhas musas inspiradoras. Ela é linda, chic, elegante... maior DIVA! Eu acho ela parecida com a atriz Flávia Alessandra.
Espero que gostem!!! =)
HERIKA GERARDINI
Hérika Santos Gerardini, 33, foi submetida à cirurgia bariátrica com 29 anos pesando 120kg. Hoje pesa 65kg distribuídos em 1,62m. Linda, leve e loira, ela conta pra gente como foi a sua trajetória e revela que ainda quer chegar aos 60kg.
Trakinas Diet: Conte um pouco pra gente como você chegou ao grau de obesidade, indicado para a cirurgia bariátrica. Você foi uma criança ou adolescente gordinha?
Hérika Santos Gerardini: Na infância eu nunca fui gordinha. Na minha adolescência acabei engordando, mas não era obesa mórbida. Mesmo assim decidi emagrecer e fui atrás de remédios. Procurei um médico e comecei a tomar os tais remédios milagrosos: emagrecia, mas assim que parava de tomar eu engordava tudo e um pouco mais. Retornava ao médico, recomeçava com os remédios e assim foi a minha adolescência: o efeito sanfona!
Os efeitos colaterais eram fortes: boca seca, alterações de humor, dor-de-cabeça, insônia, taquicardia, euforia, falta de ar, hipertensão, irritação, dependência (quanto mais você toma, mais precisa!), prisão de ventre, depressão, crises de ansiedade... Desenvolvi um tipo de TOC (transtorno obsessivo compulsivo). Passei a minha adolescência inteira e boa parte da minha fase adulta nesta luta "meio desleal".
TD: Quando se deu conta de que havia chegado à um limite de peso? Tem alguma história interessante que retrate a hora H em que você parou e decidiu procurar ajuda?
HSG: Me casei e continuava tomando os remédios, mas desta vez eu engordava em vez de emagrecer. Resolvi então, por conta própria, aumentar a dosagem. Um dia passei mal e fui parar no hospital, e através de exames eu descobri que estava grávida e com uma gastrite forte. Neste dia eu resolvi parar de tomar os remédios, meu TOC já incomodava à mim e às pessoas próximas, minha auto-estima estava lá embaixo. Tive uma gestação tranquila e sem remédios. Após o nascimento da minha filha eu continuei sem tomar os tais remédios e a obesidade mórbida bateu à minha porta...
TD: Porque decidiu operar? Além dos remédios, você havia tentado outros métodos, como SPA, balão intragástrico, dietas, etc.?
HSG: Além dos remédios, eu havia tentado de tudo: dietas milagrosas, chás, academia... Até que em uma consulta, um endocrinologista me falou sobre a cirurgia e pediu para eu ver o que eu achava. Passei 1 ano pesquisando sobre cirurgia e afins.
TD: E quando decidiu operar, você teve o apoio de familiares e amigos? Alguém te criticou?
HSG: No início, muito pouco. Estava com uma filha de quase 2 anos, então este era o medo da minha família. Mas eu tinha uma amiga que me apoiava muito.
TD: E seu marido e sua filha, como reagiram?
HSG: Meu marido foi muito tranquilo e atencioso, ficou o tempo todo ao meu lado desde as pesquisas até o processo final, mas não apoiava muito pois tinha medo, o que considero normal. Minha filha foi tudo! Por ela e pela minha auto-estima eu fiz! Sentar para brincar com ela, correr... era tudo muito difícil pra mim com aquele peso!
TD: Da sua decisão até a operação, quanto tempo levou?
HSG: Quase 2 anos.
TD: Onde você operou (hospital e nome do médico/equipe médica)?
HSG: Todo o meu processo foi feito via convênio médico Unimed Paulistana. Operei com a equipe do Dr. Sizenando Ernesto no Hospital Santa Helena.
TD: Conta pra gente como foi o seu pós-operatório.
HSG: Hoje, depois de tanto peso, o peso é beeeeem diferente, posso dizer quase nada (risos). Fiquei bem, não passei fome, mas vontade, sempre! Não tive complicações graves. Somente um pontinho estourou, nada mais.
TD: E a sua alimentação, mudou após a cirurgia?
HSG: Mudou e muito! Na verdade, eu mudei por inteira. O que a auto-estima me trouxe foi somente vitória, graças a Deus! Eu como de tudo, uma pessoa normal. Como tudo na vida, a cirurgia também tem os dois lados. Tem dias que passo mal e não consigo comer nada. Por pura disciplina minha na alimentação, tem dias que eu como muito bem!
TD: Qual foi o maior benefício que a cirurgia te trouxe?
HSG: Auto-estima!
TD: Você se arrepende em ter feito a gastroplastia?
HSG: Não!
TD: E cirurgias plásticas? Você fez? Pretende fazer?
HSG: Ainda não, mas quero fazer sim. Hoje o que mais me incomoda são as minhas pernas, mas faria na barriga também. Com 3 meses de cirurgia eu iniciei as atividades físicas, o que me ajudou muito.
TD: Como você se sente hoje? O que mais mudou na sua vida?
HSG: Mudou TUDO! Não sobrou nadinha (risos). Todos os aspectos: familiar, vaidade, mulher, profissional. Minha auto-estima está nas nuvens!
TD: O que você diria para quem está pensando em operar?
HSG: Não indico ninguém a fazer a cirurgia, mas se você me perguntar se eu faria novamente a cirurgia eu responderia sem pensar duas vezes: "SIM! Faria tudo de novo!"
A caminhada não são somente flores. As pessoas precisam SABER, QUERER e ESTAR PREPARADAS para o novo. Para as mudanças. Tudo muda muito. Muda o cabelo, muda a maneira de você se olhar, olhar as pessoas, muda a sua relação com a comida, tem queda de cabelo, anemia... Mas estar preparada para a luta é vitória na certa!
(Fotos: Todas as imagens são do arquivo pessoal da Hérika)
Oi Fabi!
Adorei a entrevista, a Hérika ficou realmente maravilhosa, é incrível como o sorriso das gastrogatas transferem uma felicidade e uma energia positiva!
Quero muito chegar lá!
Super beijo!